Outro dia, estive em Itaquera, na periferia de São Paulo. Fui conversar com as educadoras de uma creche que atende crianças de zero a três anos. A instituição é coordenada pelos Irmãos Maristas, em convênio com a prefeitura da capital paulista. Recebe crianças pobres da Zona Leste de São Paulo e está situada a poucos metros do metrô. Assim, as mães da classe popular deixam ali suas crianças de manhã e seguem para trabalhar.
Muita coisa me encheu os olhos e alentou o coração, nesta visita. Em primeiro lugar, a beleza do lugar. Um ambiente bonito, claro, colorido, limpo e bem cuidado. É a primeira condição para reconhecer que os filhos dos pobres são gente e cidadãos com direitos. A seguir, percebi o entusiasmo e o amor das educadoras pelas crianças. E o que mais agradou foi a criatividade da proposta educativa.
Na sala para os bebês não há berços. Em vez de “engaiolá-los”, estimula-se o desenvolvimento sensorial e motoro. Explorar os espaços, conhecer e interagir! Encontrei um cantinho no qual se registravam os progressos de uma criança com deficiência séria de desenvolvimento mental e de aprendizagem. Chegou lá com quase três anos, sem falar e com poucos movimentos. Após alguns meses, a mudança foi notória. Cada pequeno progresso era festejado, com a educadora e os coleguinhas.
Quando se trabalha com o povo em perspectiva cidadã, não se aceita o assistencialismo ou aquela visão paternalista, que considera os pobres como “coitadinhos”. Ao contrário, investe-se para desenvolver ao máximo as potencialidades das pessoas e dos grupos sociais. Gostei de ver um boneco de pano, de um personagem negro! A educadora, também negra, falou que isso é importante para afirmação da identidade cultural dos afro-descendentes.Por fim, na frente de uma sala, na qual estavam colocadas as fotos das crianças num painel em teia, havia um título feliz: “nossos protagonistas!” Oxalá se multipliquem no Brasil iniciativas assim, de educação e promoção da cidadania, em perspectiva libertadora.
Muita coisa me encheu os olhos e alentou o coração, nesta visita. Em primeiro lugar, a beleza do lugar. Um ambiente bonito, claro, colorido, limpo e bem cuidado. É a primeira condição para reconhecer que os filhos dos pobres são gente e cidadãos com direitos. A seguir, percebi o entusiasmo e o amor das educadoras pelas crianças. E o que mais agradou foi a criatividade da proposta educativa.
Na sala para os bebês não há berços. Em vez de “engaiolá-los”, estimula-se o desenvolvimento sensorial e motoro. Explorar os espaços, conhecer e interagir! Encontrei um cantinho no qual se registravam os progressos de uma criança com deficiência séria de desenvolvimento mental e de aprendizagem. Chegou lá com quase três anos, sem falar e com poucos movimentos. Após alguns meses, a mudança foi notória. Cada pequeno progresso era festejado, com a educadora e os coleguinhas.
Quando se trabalha com o povo em perspectiva cidadã, não se aceita o assistencialismo ou aquela visão paternalista, que considera os pobres como “coitadinhos”. Ao contrário, investe-se para desenvolver ao máximo as potencialidades das pessoas e dos grupos sociais. Gostei de ver um boneco de pano, de um personagem negro! A educadora, também negra, falou que isso é importante para afirmação da identidade cultural dos afro-descendentes.Por fim, na frente de uma sala, na qual estavam colocadas as fotos das crianças num painel em teia, havia um título feliz: “nossos protagonistas!” Oxalá se multipliquem no Brasil iniciativas assim, de educação e promoção da cidadania, em perspectiva libertadora.