quinta-feira, 30 de junho de 2011

Aventura da aprendizagem

Encerrei o curso de Introdução a Teologia com alunos do primeiro ano de teologia do ISTA (Instituto Santo Tomás de Aquino) em Belo Horizonte. Faz muito tempo que eu não trabalhava com esta disciplina. Depois que escrevi "A casa da Teologia" (Paulinas), com Paulo Roberto e Susie, fiquei motivado para ministrar o curso, desta vez incorporando a perspectiva ecumênica. Também tinha o desejo de articular diversas linguagens e recursos, como trabalho em equipe, clips, música, imagens e esquemas.
Gostei muito da turma e fiquei feliz em descobrir talentos que poderão ser bons teólogos(as) e pastoralistas. Valeu a pena investir nesta aventura de aprendizagem!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Adorar e partilhar

Na festa de Corpus Christi, tomei as leituras bíblicas do dia para meditar. A primeira, de Dt 8,2-16 é um alerta ao Povo de Deus: “Lembre-se do caminho que você percorreu no deserto. Recorde-se de como Javé lhe educou, foi seu guia, alimentou você com o maná”. E o centro do relato soa forte e inequívoco: “para mostrar-lhe que nem só de pão vive o ser humano, mas de toda a palavra que sai da boca do Senhor”. Já o evangelho de Jo 6,51-58, sobre o pão da vida, é uma bela catequese sobre a eucaristia, como pão que alimenta os cristãos, para que vivam pela causa de Jesus.

Enquanto meditava, ouvi a procissão passar. Cantos de louvor e adoração à hóstia consagrada! Solenes roupas revestindo o padre: enorme túnica e outros adereços. Mais tarde, liguei a TV e numa emissora católica vi o espetáculo da adoração ao santíssimo, num gigantesco ostensório.

Voltei então aos textos bíblicos e me invadiu um sentimento de estranheza. Não há neles nenhuma alusão direta à adoração à eucaristia! A mensagem é outra: devemos nos alimentar do corpo do Cristo ressuscitado, como o povo de Israel se alimentou do maná, para perseverarmos nos caminhos do Mestre.
Reconheço a legitimidade da adoração ao Santíssimo, como forma de reverenciar Jesus Cristo, nosso mestre e Senhor. Encanta-me também celebrar a eucaristia e partilhar a palavra com homens e mulheres que estão no caminho da fé junto comigo. A celebração eucarística é memória detonadora da utopia do Reino de Deus.

É fundamental manter estas duas dimensões da eucaristia. De um lado, louvor, reverência ao Senhor da Vida! De outro, compromisso com uma nova sociedade que sinaliza o grande banquete do Reino. Adorar e partilhar! Reverenciar o mistério e por-se a caminho.

sábado, 11 de junho de 2011

Boa surpresa

Quando estive em Recife, faz alguns dias, encontrei-me com o compositor e cantor nordestino Zé Vicente. Gravamos um vídeo na UNICAP (Universidade Católica de Pernambuco) sobre Bíblia e Arte. Para mim, o mais importante foi a emoção de me encontrar pessoalmente com ele.
Faz muitos anos que conheço o trabalho artístico e pastoral de Zé Vicente. Cantei muitas vezes suas músicas nos encontros de CEBs, em reuniões com jovens, em celebrações de comunidade. Tenho uma grande admiração por ele. Já o vi muitas vezes, mas nunca tínhamos feito algo juntos, e nem houve antes uma conversa de olhos nos olhos. Desta vez, aconteceu.
Ah, como os artistas são importantes para a nossa vida, para a educação, para a evangelização. Eles(as) interpretam a existência humana de uma forma iluminada e iluminadora.
Deixo aqui minha homenagem a Zé Vicente, que capta a alma popular de forma alegre, encantada, esperançada e crítica.