Segundo a Folha de São Paulo*, “os estudantes brasileiros com 15 anos melhoraram em leitura, ciências e matemática nos últimos nove anos. Seguem, porém, entre os mais atrasados do mundo. A constatação é da avaliação internacional chamada Pisa, coordenada pela OCDE (organização de nações desenvolvidas), que analisou a educação em 65 países".
O exame avalia as áreas a cada três anos. Nesta edição, a prioridade foi leitura, em que a média brasileira avançou 4%. Essa melhora significa que o aluno de hoje tem um conhecimento equivalente a seis meses de aula a mais do que os de 2000, conforme cálculo da Folha”.
O avanço foi "impressionante". Ainda assim, os brasileiros estão com mais de três anos de defasagem ante os chineses, os líderes da lista, que passaram Finlândia e Coreia.
Mas, no ranking o Brasil está na 53ª posição, com nota semelhante a Colômbia e Trinidad e Tobago. Os avanços percentuais em ciências e matemática foram maiores que os de leitura, mas as colocações são semelhantes.
A avaliação aponta que o conhecimento médio do aluno brasileiro permite que ele entenda o núcleo simples em um texto, mas não consegue encontrar, a partir de trechos diferentes, a ideia principal de uma obra.
A notícia faz pensar. De um lado, houve melhoria na educação, fruto de imensa dedicação de professores, professoras, e gestores(as) que no cotidiano das escolas públicas e particulares, tem se dedicado com afinco à sua missão. Embora menos do que seria preciso, convém ressaltar ainda o compromisso do poder público de vários municípios, estados e da Governo Federal. De outro lado, estamos com uma situação ainda muito aquém do aceitável para uma nação com tanto potencial. A superação da pobreza e da exclusão social exige mais atenção à educação e aos educadores, nos diversos níveis. Nesta tarefa, todos nós que atuamos em escolas ou universidades nos chamamos interpelados! E temos que fazer ouvir nossas conquistas e nosso clamor.
*FSP,8 dezembro 2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário