A Edição de 16 de abril da Folha de São Paulo exibe na parte inferior da primeira página uma foto e um comentário que são, no mínimo, causa de incômodo. A imagem retrata no mínimo 15 homens algemados, que segundo a polícia, estariam a serviço do tráfico de drogas no Rio de Janeiro. Basta olhar os detalhes: a grande maioria é afro-descente, e jovem! No primeiro plano da fotografia, em perspectiva aérea, um membro do temido Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia), imortalizado no filme “Tropa de Elite”. E no comentário, se diz que para o comandante de policiamento da cidade, a PM é um inseticida social.
Passei pelo Rio de Janeiro, uns dias antes. A assim chamada “Cidade Maravilhosa” recebeu o apelido de “Cidade da Dengue”. Havia, de fato, uma epidemia. Estranhamente, o poder local, inepto para tratar do “inseto literal”, o mosquito que causa a dengue, se acha no direito de tratar seres humanos como “insetos sociais”. A coisa não é tão simples assim. Sabemos que muitas pessoas envolvidas no tráfico de drogas foram vítimas e agora são protagonistas de processos de complexos violência e exclusão social. Ao mesmo tempo que é preciso punir a contravenção, é necessário promover pessoas e grupos, alimentar a esperança da juventude, abrir perspectivas de vida para os pobres.
Na minha estada no Rio de Janeiro, estive com um grupo de cinqüenta pessoas, religiosas(os) e leigos que atuam em centros sócio-educativos com crianças e jovens em situação de risco pessoal e social. Chamou-me a atenção o depoimento de uma Irmã, que, com alegria, apresentou dois jovens afro-descendentes, que tinham sido educandos de determinada “Obra Social”. Eles agora atuam como educadores junto a outros jovens. Felizmente, para eles, a abordagem não foi a da inseticida. Em vez insetos sociais, foram considerados como pessoas humanas, com o grande potencial que tinham a desenvolver. O resultado, é uma outra foto. Não a de jovens amarrados e sem perpectiva. E sim, de pessoas que semeiam esperança e cidadania. Amém!
Passei pelo Rio de Janeiro, uns dias antes. A assim chamada “Cidade Maravilhosa” recebeu o apelido de “Cidade da Dengue”. Havia, de fato, uma epidemia. Estranhamente, o poder local, inepto para tratar do “inseto literal”, o mosquito que causa a dengue, se acha no direito de tratar seres humanos como “insetos sociais”. A coisa não é tão simples assim. Sabemos que muitas pessoas envolvidas no tráfico de drogas foram vítimas e agora são protagonistas de processos de complexos violência e exclusão social. Ao mesmo tempo que é preciso punir a contravenção, é necessário promover pessoas e grupos, alimentar a esperança da juventude, abrir perspectivas de vida para os pobres.
Na minha estada no Rio de Janeiro, estive com um grupo de cinqüenta pessoas, religiosas(os) e leigos que atuam em centros sócio-educativos com crianças e jovens em situação de risco pessoal e social. Chamou-me a atenção o depoimento de uma Irmã, que, com alegria, apresentou dois jovens afro-descendentes, que tinham sido educandos de determinada “Obra Social”. Eles agora atuam como educadores junto a outros jovens. Felizmente, para eles, a abordagem não foi a da inseticida. Em vez insetos sociais, foram considerados como pessoas humanas, com o grande potencial que tinham a desenvolver. O resultado, é uma outra foto. Não a de jovens amarrados e sem perpectiva. E sim, de pessoas que semeiam esperança e cidadania. Amém!
Um comentário:
Prezado Dr. Afonso Murad,
Acabei de assistir sua palestra na PUC Minas - Betim e queria parabenizá-lo pelo seu ilustre trabalho. São pessoas assim que estamos precisando. Vamos ser multiplicadores desta visão e atitudes que o senhor tem. Que Deus o abençoe e possa lhe dar muitos anos de vida á frente de tão conito trabalho.
Francisco Adélcio.
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