Terça-feira de manhã, no Parque das Mangabeiras. Sopra o vento frio de agosto. O sol, estrela adormecida, lança alguns tímidos raios entre as nuvens. Silêncio da natureza, no inverno que gesta a primavera. De repente, chega o grupo de crianças de uma escola pública. Elas correm em direção à Praça das Águas. Apontam os dedos para os peixinhos. Movem-se de um lado para o outro. Entusiasmam-se ao ver as carpas que, tranqüilamente, passeiam pelas águas frias. “Olha lá, que bonito! Quero levar para casa!”... Os seus olhos brilham e brotam sorrisos nos lábios. Um, mais curioso, observa atentamente os peixes e se concentra como se estivesse conversando com eles.
O funcionário do Parque abre o registro das fontes. Quando as águas começam a jorrar para o alto, as crianças entoam um coro espontâneo: “Vivaaa!”. O contentamento se transmuta em euforia. Algumas, mais afoitas, aproveitam-se do vento e se posicionam no lugar aonde podem provar os respingos no rosto e nos braços. Parece que ao ver tanta alegria, até o sol se desperta e vem esquentar o ambiente. Um menino descobre que sobraram alguns grãos de ração para peixes nos espaços do mosaico da calçada. Cuidadosamente, ele e seus companheiros garimpam aquelas migalhas, como se fossem uma preciosidade. Então, lançam na água o alimento e os peixes se aproximam mais. A alegria contagiante nutre a todos.
Jesus, no evangelho, nos diz que o Reino de Deus está reservado para quem tem coração de criança. Ou seja, homens e mulheres capazes de manter o encantamento com a vida, de alegrar-se com as coisas pequenas da existência. Este é um dos segredos para a gente ser feliz e descobrir quantas maravilhas Deus realiza por nós e em nós. Aqui se encontra uma das vertentes mais significativas da simplicidade. Ela nasce de um coração de criança, que exercita a alegria e a gratidão. Infelizes dos pessimistas, dos carrancudos, dos perfeccionistas e ambiciosos! Felizes dos que saboreiam os dons da existência e celebram as belezas que Deus lhes concede, a cada dia!
Recordo-me de um irmão marista que já tem mais de 80 anos. Ele faz questão de mostrar as roseiras que cultiva com carinho ou as verduras da horta. Fala com alegria destas coisas pequenas e partilha sua existência com o encantamento de 25 anos atrás, quando o conheci. Este homem tem o mesmo olhar da criança que olha o peixinho. Mantém no coração a alegria e a gratuidade.Quantos sinais da bondade e do amor de Deus recebemos cada dia. Às vezes, Ele nos brinda com alguns fatos especiais. Como somos amados pelo Senhor. É bom cultivar o olhar de criança, que se encanta e se alegra, com tantas graças!
O funcionário do Parque abre o registro das fontes. Quando as águas começam a jorrar para o alto, as crianças entoam um coro espontâneo: “Vivaaa!”. O contentamento se transmuta em euforia. Algumas, mais afoitas, aproveitam-se do vento e se posicionam no lugar aonde podem provar os respingos no rosto e nos braços. Parece que ao ver tanta alegria, até o sol se desperta e vem esquentar o ambiente. Um menino descobre que sobraram alguns grãos de ração para peixes nos espaços do mosaico da calçada. Cuidadosamente, ele e seus companheiros garimpam aquelas migalhas, como se fossem uma preciosidade. Então, lançam na água o alimento e os peixes se aproximam mais. A alegria contagiante nutre a todos.
Jesus, no evangelho, nos diz que o Reino de Deus está reservado para quem tem coração de criança. Ou seja, homens e mulheres capazes de manter o encantamento com a vida, de alegrar-se com as coisas pequenas da existência. Este é um dos segredos para a gente ser feliz e descobrir quantas maravilhas Deus realiza por nós e em nós. Aqui se encontra uma das vertentes mais significativas da simplicidade. Ela nasce de um coração de criança, que exercita a alegria e a gratidão. Infelizes dos pessimistas, dos carrancudos, dos perfeccionistas e ambiciosos! Felizes dos que saboreiam os dons da existência e celebram as belezas que Deus lhes concede, a cada dia!
Recordo-me de um irmão marista que já tem mais de 80 anos. Ele faz questão de mostrar as roseiras que cultiva com carinho ou as verduras da horta. Fala com alegria destas coisas pequenas e partilha sua existência com o encantamento de 25 anos atrás, quando o conheci. Este homem tem o mesmo olhar da criança que olha o peixinho. Mantém no coração a alegria e a gratuidade.Quantos sinais da bondade e do amor de Deus recebemos cada dia. Às vezes, Ele nos brinda com alguns fatos especiais. Como somos amados pelo Senhor. É bom cultivar o olhar de criança, que se encanta e se alegra, com tantas graças!
Um comentário:
O seu texto me fez lembrar Fernando Pessoa:
O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
..."a eterna novidade do mundo", somente aqueles capazes de contemplar a conseguem enxergar.
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